quinta-feira, 4 de outubro de 2007

COROLÁRIOS


De tudo, o que permanece é o amor. Não há meios de que outras coisas ocupem o lugar deste sentimento. As memórias são cada vez mais ampliadas, enriquecidas pelas experiências de carinho e entrega. Nas minhas memórias, o vento teima em soprar forte dando movimento e energia ao meu presente. E digo que sou rico, na verdade muito rico, pois me sustento em ombros de gigantes, experiências gigantescas que moldam minha vida a cada instante.
E do presente que há pouco dei ao meu amor, extraio sorrisos que só fazem fortalecer os meus gigantes. Sou feliz!
Meus momentos alegres ao lado do meu amor são grafados em sulcos vivos e profundos, como tatuagem em minha pele. E não se apagarão nunca, mas antes tranformam-se numa tenaz impossível de se desfazer. Cada instante, cada segundo composto de olhares brilhantes e pensamentos profundos causam em mim a delicada sensação de negar todas as teorias, todos os conhecimentos provenientes das letras, pois agora só me resta a vontade de amar e mudar tudo ao meu redor.
Dou-te um beijo e sinto seus lábios quentes, concretos, e me perco no calor doce do encontro das salivas. Não quero outra coisa, não desejo o frissom das teorias nem dos argumentos complexos. Insisto nos momentos simples e no aconchego trazido por esta escassa sensação de completude.

Rafael Guerreiro

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